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Rev. bras. ter. intensiva ; 23(4): 448-454, out.-dez. 2011. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-611500

ABSTRACT

OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi avaliar o posicionamento dos familiares sobre a ortotanásia, ao considerar controle dos sintomas, preferência do paciente e influência da satisfação da comunicação do tratamento informado pela equipe médica. MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo na unidade de terapia intensiva geral adulto do Hospital do Servidor Público Estadual durante o período de um ano. Utilizou-se um questionário estruturado, baseado no Quality of Dying and Death (QODD 22) e entrevista informal prévia. RESULTADOS: Foram avaliados 60 familiares, com 51,7 ± 12,1 anos, sendo 81,7 por cento do sexo feminino. Os pacientes estavam internados em média por 31 ± 26,9 dias, sendo que 17,0 por cento dos dias na unidade de terapia intensiva. A maioria apresentava doença neurológica. A maioria dos pacientes (53,3 por cento) discutiu o desejo de cuidados de final de vida com a família, mas 76,7 por cento dos pacientes não discutiram com seu médico (p<0,00). Os familiares responderam a favor da ortotanásia em 83,3 por cento; a maioria (85,0 por cento) gostaria que a equipe médica discutisse claramente o assunto e 65,0 por cento desejavam participar do processo de decisão de qualidade de final de vida. Quanto à satisfação dos familiares em relação às informações médicas: 93,3 por cento consideraram ter adequada freqüência na comunicação do estado clínico; 81,7 por cento conseguiram tirar as dúvidas sobre o estado clínico do paciente; em 83,3 por cento a comunicação foi compreendida e 80,0 por cento consideraram terem recebido as informações com clareza e honestidade. Somente 43,3 por cento dos familiares gostaria de presenciar o momento da morte de seu ente querido. Houve associação significativa do posicionamento dos familiares sobre ortotanásia e participação na decisão de final de vida (p = 0,042). CONCLUSÕES: A maioria dos familiares entrevistada foi a favor da ortotanásia, e gostaria de participar da tomada de decisão de qualidade de final de vida.


OBJECTIVES: This study aimed to assess family member acceptance of orthotanasia as related to symptom management, patient preference and the influence of the medical team's communication on therapy. METHODS: This was a descriptive one-year study conducted at the adult intensive care unit of the Hospital do Servidor Público Estadual. A structured questionnaire based on the Quality of Dying and Death (QODD 22) instrument and prior informal interviews were used. RESULTS: Sixty family members were assessed; the mean age was 51.7 + 12.1 years, and 81.7 percent were female. The patients were hospitalized for a mean of 31 + 26.9 days, and 17.0 percent of these days were spent in the intensive care unit. Most of the patients had neurological conditions. Most of the patients (53.3 percent) had discussed their end-of-life care wishes with family members; however, 76.7 percent of them had not discussed this issue with their doctors (p < 0.00). The family members reported being favorable to orthotanasia in 83.3 percent of the cases. Most (85.0 percent) desired the medical team to clearly approach the subject, and 65.0 percent wished to take part in the quality of end-of-life decision making process. The family members were generally satisfied with information they received from the doctors: 93.3 percent believed they had received appropriately frequent communications about the clinical conditions; 81.7 percent were able to clarify their doubts regarding the patient's clinical status; the communication was understood by 83.3 percent of the respondents; and 80.0 percent believed that clear and honest information had been provided. Only 43.3 percent of the respondents wished to be present at the time of their loved ones' deaths. A significant association between family member acceptance of orthotanasia and participation in end-of-life decisions (p = 0.042) was observed. CONCLUSIONS: Most of the respondents were favorable to orthotanasia and wished to participate in end-of-life discussions.

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